Neste material, você vai conhecer um pouco mais sobre:
- Etiologia do patógeno;
- Danos;
- Sintomas de oídio;
- Medidas de controle.
O oídio é uma doença muito comum no melão (Cucumis melo L.) (Figura 1) e nas demais cucurbitáceas, tanto nas cultivadas como nas selvagens. Três espécies do fungo podem causar oídio em cucurbitáceas cultivadas: Podosphaera xanthii (Sphaerotheca fuliginea), Erysiphe cichoracearum e Leveillula taurica. As duas primeiras são as mais importantes e causam maiores perdas econômicas.
Em condições mais secas, E. cichoracearum tem sua esporulação e ocorrência favorecidas. Ao contrário, em ambientes protegidos e condições de umidade, o favorecido é o P. xanthii. No Brasil ocorre somente sua forma imperfeita: Oidium sp. É pelos conídios que podemos diferenciar estas duas espécies, sendo estes disseminados pelo vento e germinando mesmo sem condições ideias de umidade.
Existe para o oídio, a ocorrência de várias raças fisiológicas de patógenos, que podem infectar determinadas espécies e variedades em detrimento das demais cucurbitáceas. Em melão, em São Paulo e no Distrito Federal, foram identificadas as raças 1 e 2.
Danos causados por Oídio em melão
O oídio causa danos por afetar diretamente a taxa fotossintética da planta, o que acarreta na redução de rendimento da produção devido à diminuição do tamanho, do número e da qualidade dos frutos, na redução dos sólidos solúveis (°Brix), além de ocasionar o encurtamento do período produtivo.
Sintomas de Oídio em melão
Os sintomas afetam mais as folhas, porém podem ser observados em toda parte área da planta. No início da doença temos o crescimento branco pulverulento (Figura 2) do fungo em pequenas áreas do tecido. Conforme a doença evolui, a área afetada aumenta de tamanho e as manchas vão coalescendo, tomando conta de todo tecido. Em condições severas, o vigor e a produção da planta são afetados e pode-se ver pequenos pontos escuros sobre as manchas brancas, que são o hiperparasita de Oidium, o Ampelomyces.
Controle de Oídio
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O controle da doença pode ser realizado mediante controle químico com produtos registrados para o melão, de contato ou sistêmicos. Como exemplos de produtos registrados temos os formulados com Bacillus subtilis, triazóis e estrobilurinas. O controle deve ser feito aos primeiros sintomas da doença, o que o torna mais eficaz.
Outras medidas importantes são a escolha da área de cultivo, que deve ser longe de outras lavouras de melão ou outras cucurbitáceas, além da eliminação de restos culturais após a colheita e de plantas hospedeiras.
Referências:
AGROFIT. Sistema de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 08 dez. 2020.
KUROZAWA, C.; PAVAN, M. A; REZENDE, J. A. M. Doenças das cucurbitáceas. In: KIMATI, H. et al. Manual de Fitopatologia, v. 2. 4 ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 2005.