Entenda o ciclo e os fatores que favoreceram a doença.
O mofo-branco é uma doença importante que pode ocorrer na soja, e inúmeras outras culturas. Causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, o mofo-branco é uma doença de ocorrência regional devido a fatores epidemiológicos.
O primeiro deles, é a presença de inóculo inicial do fungo na área. A entrada do patógeno se dá comumente por sementes contaminadas ou trânsito de máquinas com presença de estruturas de sobrevivência do fungo. Essas estruturas chamam-se escleródios (Figura A), são produzidas em plantas doentes, e após a colheita, são responsáveis pela sobrevivência do fungo no solo.
O segundo fator serão as condições climáticas ocorrentes na área. O clima deve ser favorável para a germinação dos escleródios no solo para formação das estruturas formadoras de esporos, os apotécios (Figura B). Os apotécios são pequenas estruturas em forma de taça. São visíveis a olho nu acima da superfície do solo e responsáveis pela liberação de esporos que são ejetados pra cima em direção a planta.
A fase crítica para infecção da planta é a floração, devido ao fato da infecção via esporos ser favorecida através das pétalas das flores. As pétalas são tecidos mais tenros e mais facilmente vencidos pelo fungo. Após infectar as flores, o crescimento micelial começa a evoluir pelos tecidos ao redor da infecção (Figura A). Pétalas infectadas podem cair sobre folhas gerando novos pontos de infecção (Figura B).
A presença de micélio branco do fungo pode ocorrer na superfície do solo, porém a infecção via micelial, apenas pelo contato direto de folhas ou legumes. Na soja, isso é menos provável, porém em feijão, dependendo da cultivar e do espaçamento, as infecções podem ocorrer (Figura 3).
Confira no vídeo, de maneira prática, como se dá o ciclo de desenvolvimento da doença no campo:
Confira o resumo das principais condições favoráveis para ocorrência de mofo-branco nas áreas: