Controle Biológico, segundo Parra et al. (2002), é um fenômeno natural que consiste na regulação do número de plantas e animais por inimigos naturais, os quais constituem-se nos agentes de mortalidade biótica. Assim, toda as espécies de plantas e animais têm inimigos naturais atacando seus vários estágios de vida. Ou seja, é quando um organismo controla outro organismo.
No agro, o controle biológico é utilizado para conter pragas a partir do uso de seus inimigos naturais, sejam eles parasitoides, predadores ou microrganismos. O objetivo dessa prática é controlar e até mesmo eliminar pragas agrícolas sem deixar resíduos e nem causar danos às plantas e ao meio ambiente.
Tipos de agentes de controle biológico
Os agentes de CB podem ser classificados como:
- Macrorganismos: insetos parasitoides e predadores, ácaros predadores, aves, animais passíveis de serem observados a olho nu;
- Microrganismos: fungos (figura 1), bactérias, vírus, nematoides e protozoários.
Tipos de macrorganismos utilizados no Controle Biológico
Dentro dos macrorganismos, ainda existe outra subdivisão: os parasitoides e os predadores.
Os parasitoides são diferentes de parasitas. O sufixo “oide” vem do grego, que significa “que imita”, ou seja, os parasitoides “imitam” alguns comportamentos de parasitas. A diferença entre eles é que os parasitas normalmente não matam seus hospedeiros, enquanto os parasitoides sim. Além disso, os parasitas têm um ciclo de vida complexo com diferentes fases de desenvolvimento e precisam de mais de uma espécie de hospedeiro para completar o seu ciclo.
Já os parasitoides necessitam de apenas um hospedeiro para completar o seu ciclo de vida, que passa por ovo, larva, pupa e adulto. Os parasitoides colocam seus ovos no interior, sobre ou próximo ao hospedeiro. Sua progênie se alimenta do hospedeiro, causando sua morte. Em geral, os parasitoides são menores ou do mesmo tamanho que seu hospedeiro, e os adultos são de vida livre. Ex.: Trichogramma (Figura 2a).
Os predadores são organismos de vida livre durante todo ciclo. Normalmente são maiores que suas presas e matam diversas ao longo do seu ciclo. Ex.: joaninhas e percevejos Podisus sp (Figura 2b e c).