O material apresenta os danos, sintomas, ocorrência, sobrevivência, disseminação e estratégias de manejo para o nematoide das galhas. Conheça:
- Principais espécies e ocorrência.
- Meios de sobrevivência e disseminação do patógeno.
- Descrição dos sintomas e danos na cultura.
- Métodos de manejo integrado.
Ocorrência
Os nematoides das galhas ocorrem em vários estados Brasileiros, com destaque para quatro principais espécies desse gênero, devido à sua distribuição geográfica e ao alto grau de polifagia, que são:
- M. javanica (Treub) Chitwood,
- M. incognita (Kofoid & White)
- M. arenaria (Neal) Chitwood,
- M.hapla, Chitwood,
e outras espécies como M. coffeicola Lordello & Zamith, M. graminicola Golden & Birchfield, M. mayaguensis Rammah & Hirschmann entre outras já foram relatadas no Brasil.
Sobrevivência e disseminação
Normalmente este nematoide sobrevive ente 6 a 12 meses, dependendo da temperatura e umidade.
Sua disseminação envolve qualquer prática que movimente o solo (Máquinas e implementos agrícolas).
Ciclo
Sintomas
As plantas atacadas pelos nematoides do gênero Meloidogyne, apresentam em seu sistema radicular a formação de galhas típicas.
Os tamanhos das galhas variam de acordo com as espécies de nematoides, condições do meio e reação da planta, em alguns casos as galhas são muito pequenas e de difícil visualização no caso do milho, por exemplo.
Alguns sintomas reflexos de parte aérea podem ser notados como tamanho desigual de plantas, aparentando o aspecto de deficiência nutricional, normalmente a campo dispostas em reboleiras.
Danos
O gênero Meloidogyne, compreende um grande número de espécies que causam danos em diversas culturas como a soja, algodão, feijão, cana-de-açúcar, entre outras.
As perdas estão na ordem de 10 a 40%, variando com relação à resistência das plantas, a alta densidade populacional no solo e o tipo de cultura. A combinação desses fatores pode potencializar perdas ainda mais elevadas.
Tem preferência por solos médio-argilosos (> 25% de argila).
Estratégias de manejo
Para qualquer medida de manejo a identificação correta desse patógeno é de suma importância.
Portando amostras de solo e raízes com galhas, devem ser coletadas na área com sintomas com aproximadamente 1 kg de solo e 5 a 10g de raízes, e encaminhar o mais rápido possível a um laboratório de nematologia.
Somente através do conhecimento da espécie é que se poderá elaborar uma estratégia adequada de manejo.
Dentre as ferramentas viáveis ao produtor estão:
- Rotação ou sucessão com culturas não hospedeiras
- Adubação verde (crotalária e mucuna)
- Cultivares resistentes