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Início / Nematóide das Lesões (Pratylenchus brachyurus)

  • Nematoides
  • 29/10/2016

Nematóide das Lesões (Pratylenchus brachyurus)

Sumário

Este post reúne informações sobre o nematóide das lesões (Pratylenchus brachyurus), ocorrência, danos, sintomas e estratégias de controle.

Ocorrência do nematóide das lesões

O nematóide das lesões tem causado grandes preocupações em diversas culturas, e em varias regiões do Brasil, principalmente para os agricultores de Mato Grosso, onde o parasita dificulta o manejo dos nematoides de galhas e reniforme por meio da rotação de culturas

Dentre as espécies pertencentes ao gênero Pratylenchus, três merecem destaques, P. brachyurus, (Godfrey) Filipjev & S. Stekhoven, P. coffeae (Zimmermann) Filipjev & S. Stekhoven e P. zeae, essas de ocorrência mais comum.

No entanto, Pratylenchus brachyurus é uma das espécies mais distribuídas, possui um alto grau de polifagia e tem o potencial de causar perdas elevadas em diversas culturas de importância econômicas.

Danos causados pelo nematóide das lesões

Diferente destes nematóides, o P. brachyurus é endoparasita migrador. Após o ciclo no interior da raiz, as galerias abertas por ele funcionam como porta de entrada para fungos de solo como Fusarium, Rhizoctonia, Phytium, etc causando sintoma de escurecimento das raízes e redução do porte na parte aérea com reboleiras cloróticas.

A gama de hospedeiros é muito vasta, passando por algodão, feijão, milho e soja, principalmente em áreas irrigadas. Na ausência de hospedeiros o parasita pode sobreviver até 6 meses. Em áreas de plantio direto, esse prazo pode ser prolongado devido a presença de restos de raizes de plantas hospedeiras.

As perdas decorrentes do ataque deste nematoide estão na ordem de 30 a 50%, dependendo da densidade populacional no solo, condições climáticas favoráveis e da cultura presente na área. Tem preferência por solos médio-arenosos (15 a 25% argila).

Na ausência de cultivares resistentes, evitar movimentação de solo contaminado, revolvimtento do solo com exposição dos nematóides ao sol pode reduzir a população e rotação de culturas. Existem culturas com a capacidade de multiplicá-los, como milho, Brachiaria humidicola, guandu anão cv. lapar 43 e aveia preta, ou até reduzindo-os, como Crotalaria spectabilis e C. breviflora.

Sintomas

As plantas atacadas pelo nematoide Pratylenchus brachyurus apresentam no seu sistema radicular poucas raízes secundárias e um escurecimento típico devido à penetração e locomoção desse nematoide, o que acaba facilitando o ataque de fungos e bactérias do solo, acelerando consequentemente a necrose do sistema radicular.

Os sintomas reflexos de parte aérea são plantas subdesenvolvidas e com folhas amareladas. Geralmente não ocorrem em reboleiras, somente em casos que a densidade populacional esteja em um nível muito elevado, combinado com suscetibilidade da cultura.

 

Sobrevivência e disseminação

Esse nematoide possui baixa capacidade de sobrevivência no solo na ausência da planta hospedeiro, normalmente utiliza restos culturais para manter-se vivo. Plantio direto e sistema mínimo favorecem sua sobrevivência.

Sua disseminação se baseia na movimentação do solo infestado por máquina, implementos agrícolas e outros meios.

Ciclo do Pratylenchus. Figura adaptada de Torres at al.

Estratégias de manejo

Os nematoides do gênero Pratylenchus são considerados de difícil controle. Para que o produtor obtenha sucesso, deverá integrar as estratégias de manejo disponíveis.

Portanto, para a escolha de estratégias e táticas de manejo é fundamental a diagnose e identificação da espécie presente na área, juntamente com a densidade populacional no solo.

Há reduzidas ferramentas para o controle desse fitonematoide, tendo destaque:

  • O uso de plantas não hospedeiras como Crotalaria spectabilis e C. breviflora são as principais ferramentas na redução da população no solo.
  • Em locais com alta incidência, recomenda-se arar e ou gradear o terreno após a colheita, ou antes do plantio a ação da luz a faixa ultravioleta possui propriedades nematicidas.
  • O uso de plantas consideradas má hospedeiras com aveia preta, Brachiaria humidicola e B. dictyoneura, podem ser usadas somente quando a densidade populacional do nematoide não estiver em níveis elevados.
  • Cultivares com resistência moderadas, somente quando a densidade populacional do nematoide não estiver em níveis elevados.

Referências

Ferraz, C.C.B., Monteiro, A.R. Nematoides. In: Bergamin Filho, A. Kimati, H., Amorin, L. (2008) Manual de fitopatologia: princípios e conceitos. Ed. Agronomia Ceres.
Ferraz, S., Freitas, L.G.; Lopes, E.A.; Dias-Arieira, C.R. Manejo sustentável de fitonematoides. Viçosa, MG, Ed. UFV, 2010. 306p.
INOMOTO, M. M. Principais nematóides na cultura da soja e seu manejo. Piracicaba: ESALQ/USP, 2006.
INOMOTO, M. M. Sucessão de culturas no manejo de nematóides. Revista Cultivar – Grandes Culturas. Ano XIII. n. 151. Pag. 16-18. 2011/12.
INOMOTO, M. M; ASMUS, G. L.; SILVA, R. A.; MACHADO, A. C. Z. Nematóides uma ameaça a cotonicultura brasileira, 2007.
Torres, R.G ; Ribeiro, N. R. ; Boer, A.S ; Corbo, E ; Fernandes, O. ; Figueredo A.G. . Manejo Integrado de Nematóides em sistema de Plantio Direto no Cerrado 2008 (Circular Técnica).

Foto de Dr. Paulo S. Santos

Dr. Paulo S. Santos

Possui graduação em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário de Várzea Grande (2009), Especialização em Processamento Pós-colheita de Grãos e Sementes pela Universidade Federal de Mato Grosso (2012), Mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Santa Maria (2015), Doutorado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (2020). Atualmente é coordenador de pesquisa na área da Nematologia pelo Instituto Phytus/DF.
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Dr. Marcelo Gripa Madalosso

Dr. Marcelo Gripa Madalosso

Engenheiro Agrônomo, MSc. em Engenharia Agrícola (UFSM) e Dr. em Agronomia: Fitopatologia e Tecnologia de Aplicação de Fungicidas (UFSM). Professor e Pesquisador na Universidade Regional Integrada, Campus Santiago e Santo Ângelo. Diretor da Madalosso Pesquisas. Palestrante. Participa do desenvolvimento de Fungicidas e Tecnologias de Aplicação. Autor de bibliografias na área e revisor. Tem experiência nas áreas de fitopatologia, controle químico, estudo avançados de fungicidas, fitotoxidade, absorção foliar e tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas, atuando principalmente nos patossistemas ligados a soja, milho, arroz e trigo.
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