Método Tradicional
O método tradicional foi proposto por Yates e Cochran em 1938, e consiste na análise conjunta dos experimentos e considera todos os ambientes de cultivo; posteriormente realiza-se o desdobramento da soma de quadrados dos efeitos de ambiente, e da interação genótipos x ambientes, e desta maneira, possibilita revelar os efeitos do ambiente para cada genótipo testado. A variação dos ambientes desdobrada para cada genótipo é utilizada para estimar a estabilidade, portanto, o genótipo que proporcionar menor quadrado médio deste desdobramento nos vários ambientes, é considerado o genótipo mais estável fenotipicamente.
Método de Plaisted e Peterson
Esta metodologia foi proposta em 1959, onde diferencia-se do método tradicional devido ao conceito de estabilidade fenotípica adotado. Nestas condições, quando avaliam-se um grande número de ambientes, parte da variância é decorrente dos efeitos da interação genótipos x ambientes, onde cada genótipo contribui com uma determinada fração. Desta maneira, quanto menor for a contribuição da variância do genótipo sobre a variância decorrente da interação G x A, maior estabilidade será revelada para este genótipo.
Método de Wricke
A metodologia proposta por Wricke em 1965 é baseada no princípio da ecovalência; as estimativas partem-se da decomposição das somas de quadrados da interação genótipos x ambientes, e obtém-se estimativas para cada genótipo de forma isolada. Desta maneira, o parâmetro estimado por esta técnica se refere à estabilidade fenotípica, possibilitando a identificação de qual genótipo é superior, baseado em seu desempenho médio, e que refletirá em um comportamento previsível mesmo com as variações impostas pelo ambiente de cultivo.
Método de Annicchiarico
Esta técnica foi criada em 1992 e permite mensurar a estabilidade fenotípica através do desempenho do genótipo, em relação à média do ambiente mensurado. Se baseia na estimativa de um índice de confiança, ou seja, um índice de recomendação, assim, a interpretação deste índice permite inferir se o genótipo é superior ou inferior. Para a confecção desta análise, os dados são transformados previamente para valores percentuais e leva-se em consideração a média dos genótipos para cada ambiente, posteriormente estes são classificados como favoráveis ou desfavoráveis.
Método de Finlay e Wilkinson
Foi desenvolvido em 1963 baseando-se em uma regressão linear simples; diante disso, possibilita aferir a resposta de cada genótipo frente às variações impostas pelos ambientes testados, estas indagações são apresentadas por meio dos parâmetros estimados. Para cada genótipo testado é realizada uma regressão linear simples, onde determina-se um caráter como sendo dependente ou principal. Geralmente elenca-se o rendimento de grãos, devido a sua grande importância à soja, e posteriormente obtém-se um índice ambiental considerando todos os ambientes testados.
Método de Eberhart e Russell
Estes pesquisadores aprimoraram este método em 1966 através da expansão do modelo proposto por Finlaye Wilkison (1963). As modificações foram direcionadas nos coeficientes de regressão dos valores fenotípicos de cada genótipo em relação ao índice ambiental, assim, os desvios da regressão linear proporcionariam estimar os parâmetros de estabilidade e adaptabilidade.
Método de Verma, Chahal e Murty
Em 1978 estes autores desenvolveram esta metodologia como uma estratégia para evidenciar um genótipo ideal, ou seja, aquele que apresenta alta capacidade produtiva, ampla estabilidade fenotípica, pouco sensível às condições adversas impostas pelos ambientes desfavoráveis, mas capaz de responder satisfatoriamente à melhoria do ambiente de cultivo.
Método de Silva e Barreto
Os pesquisadores Silva e Barreto em 1986 modificaram o método proposto por Verma, baseando seus estudos em análises de regressão múltipla aplicadas para cada genótipo. Com isso, obtém-se uma única equação formada por dois segmentos da reta regressão, a conexão entre as retas corresponde a um índice ambiental nulo.
Método de Cruz, Torres e Vencovsky
Estudos de Cruz, Torres e Vencovsky em 1989 propuseram uma alteração na metodologia aprimorada de Silva e Barreto. As modificações realizadas facilitaram a estimativa dos parâmetros, e proporcionaram que estas fossem mais precisas. As informações reveladas apresentam parâmetros com entendimento mais simples, e propriedades mais adequadas aos princípios do melhoramento vegetal.
Método de Toler e Burrows
Esta metodologia foi desenvolvida pelos autores em 1998, onde propuseram uma alternativa estatística baseada em uma análise de regressão não linear, que estima conjuntamente os parâmetros de adaptabilidade e estabilidade fenotípica. Neste caso, quando um determinado genótipo é mensurado em vários ambientes de cultivo, este pode apresentar dois padrões de resposta, tais como a resposta côncava ou padrão côncavo, e a resposta convexa ou padrão convexo, e ainda padrões lineares uni-segmentados.
Método de Lin e Binns
O método foi desenvolvido em 1988 com intuito de aferir a estimativa da estabilidade e adaptabilidade fenotípica dos genótipos, o quadrado médio da distância entre a média do genótipo e as máximas respostas dos ambientes. Estas análises ponderam a variância de maneira eficiente, onde obtém-se os desvios das médias dos genótipos em relação ao seu desempenho frente aos ambientes testados.
Método de Huehn
Este método foi desenvolvido em 1990 baseado na utilização de análises estatísticas não-paramétricas para obter o parâmetro de estabilidade fenotípica. Desta maneira, considera-se a média entre as diferenças dos genótipos e ambientes, da variância dos genótipos conjuntamente aos ambientes, os desvios absolutos de cada classificação, e relaciona-se com a classificação média dos genótipos.
Additive Main Effectsand Multiplicative Interaction Analysis (AMMI)
A análise de AMMI é embasada na ação conjunta de análises univariadas e multivariadas, e suas respostas são expressas pela decomposição destes parâmetros em apenas um modelo, combina os componentes de efeitos aditivos dos genótipos, dos ambientes e os efeitos multiplicativos da interação genótipos x ambientes.
Genotype and Genotypes by Environments Interaction (GGE)
Esta ferramenta multivariada se baseia na definição de um ideótipo de planta ou genótipo desenvolvido para um determinado ambiente. Este por sua vez revela alto desempenho e ampla estabilidade fenotípica, estas definições são estabelecidas através da consignação de mega-ambientes. Esta análise considera o efeito principal do genótipo conciliado aos efeitos da interação genótipos x ambientes. As análises são expressas graficamente de forma biplot, possibilitando a visualização (GGE biplot) ou seja, a média do genótipo x a estabilidade fenotípica.