Dentre os grupos de patógenos que atacam o tabaco, destacam-se os fitonematoides. Microrganismos habitantes naturais do solo, possuem a capacidade de se alimentar diretamente do sistema radicular das plantas de tabaco, podendo comprometer diretamente o desenvolvimento das plantas, bem como facilitar a entrada de agentes patogênicos também presentes no solo, reduzindo assim a qualidade das folhas e impactando no ganho por hectare.
De maneira geral as estimativas apontam que os prejuízos causados por esses microrganismos na agricultura em escala global, já ultrapassam a casa de US$ 100 milhões anuais (FERRAZ et al., 2001; MCCARTER, 2009; SASSER; FRECKMAN, 1987).
No Brasil, várias são as espécies associadas à redução ou ao aumento no custo da produção na cultura do tabaco. Porém, destaca-se o grupo dos nematoides das galhas Meloidogyne spp., espécie amplamente distribuída em todos os estados produtores.
Os principais sintomas observados, ocorrem abaixo da linha do solo (nas raízes), onde as raízes apresentaram um engrossamento anormal conhecido tipicamente como galhas (Figuras 1 – 4). Em lavouras infestadas, os sintomas comumente ocorrem em manchas ou reboleiras (Figura 5).