Pseudaletia sequax a lagarta-do-trigo
A lagarta-do-trigo, Pseudaletia sequax, é uma espécie comum entre as gramíneas.
Seus danos mais significativos estão associados à alimentação da folha bandeira (responsável direta pelo enchimento de grãos) e espigas (Figura 1, 2 e 3), dependendo da infestação, pode sobrar apenas o colmo. Como hábito, tem por característica permanecer durante o dia na base das plantas e durante a noite subir à espiga para se alimentar. Suas densidades populacionais ao longo dos anos vêm baixando, tornando-se uma praga secundária, devido à lagarta do cartucho-do-milho passar a competir pelo seu nicho.
Cada fêmea coloca em média 200 a 1000 ovos, os quais ficam incubados pelo período de 4 dias. Após, com a eclosão, as larvas desenvolvem-se pelo período de 14 a 24 dias (dependendo da temperatura do ambiente), até se tornarem pupa, fase que ocorre no solo e pode durar de 5 a 30 dias, dependendo da temperatura.
Entre as características da fase larval, está a busca por alimento. Na escassez ou com a senescência das plantas de trigo, as larvas passam a buscar outras plantas para se alimentar, podendo ocorrer até na cultura da soja.
Para o monitoramento dessa espécie, as ferramentas mais usuais envolvem o uso de armadilhas e amostragem.
Armadilhas:
são ferramentas essenciais para o estabelecimento de ações preventivas de manejo, permitindo a captura de adultos, propiciando tomar a decisão do manejo fitossanitário com pelo menos dez dias de antecedência em função do ciclo do inseto.
Amostragem:
considerado o método mais eficiente para conhecer a real densidade de insetos e ínstar de desenvolvimento, permitindo tomar decisões mais assertivas frente à escolha de produtos fitossanitários.
Constatadas as densidades populacionais (uma lagarta por planta por metro quadrado), as tomadas de decisão devem ser estabelecidas em função do hábito do inseto, dando preferência para a noite, momento em que este se encontra exposto.
Para a cultura, cada insumo utilizado para manejo terá eficiência, desde que posicionado no momento ideal.
- Diamida: para lagartas entre 3 e 4 ínstar, apresentam boa efetividade, havendo o diferencial de apresentar melhor residual que os anteriores. Também apresenta eficiência no tratamento de sementes.
- Clorpirifós e Metomil: produtos apresentam menor custo e se associados a fisiológicos, ganham um aumento de efetividade. Isolados em doses comerciais de bula, apresentam efetividade para lagartas até segundo ínstar; após, passam a perder eficiência. Em doses maiores, podem garantir eficiência desde que aplicados nos momentos em que o inseto permanece exposto.
- Piretroide: embora recomendado e com registro, destaca-se aqui a necessidade de utilizá-lo, principalmente, para manejo de insetos sugadores, evitando com isso a seleção de populações.
- Espinetoram, Benzoato de emamectina, indoxacarbe e Clorfenapir: este grupo de inseticidas entrega maior efetividade para o manejo de lagartas em milho