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Início / Fungicidas: mecanismos de ação

  • Materiais Técnicos
  • 17/02/2022

Fungicidas: mecanismos de ação

Sumário

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Fungicidas são substâncias químicas que podem ser de origem natural ou sintética. Ao serem aplicados nas plantas, protegem-nas da penetração e/ou posterior desenvolvimento de fungos em seus tecidos.

 

Neste material, você vai saber mais sobre:

  • Categorias de classificação de fungicidas;

  • Classificação dos fungicidas quanto ao mecanismo de ação;

  • Exemplos de fungicidas de cada mecanismo de ação.

 Os fungicidas podem ser classificados de acordo com:

  • A mobilidade do fungicida na planta: tópicos, sistêmicos ou mesotópicos;

  • O momento da aplicação e as subfases do processo infeccioso: preventivo, curativo ou erradicativo;

  • A absorção do fungicida pelo esporo: contato ou residual;

  • A natureza química do produto: inorgânico, orgânico ou antibiótico;

  • O mecanismo de ação.

 

Classificação quanto ao mecanismo de ação dos fungicidas

O mecanismo de ação dos fungicidas, segundo classificação da Fungicide Resistance Action Committee (FRAC, 2020), diz respeito aos diferentes sítios onde agem as moléculas, conforme descrito a seguir:

 

Grupo A: Síntese de ácidos nucleicos

Fungicidas classificados com mecanismo de ação A atuam inibindo a síntese de DNA e RNA (ácidos nucleicos), que são compostos químicos responsáveis pelo armazenamento e pela transmissão da informação genética.

Exemplo de ingredientes ativos (i.a.): Metalaxyl (grupo químico das acylalaninas), produto sistêmico de caráter protetor e curativo empregado em tratamento de sementes, raízes e aplicações foliares.

Grupo B: Divisão celular e mitose

Fungicidas classificados com mecanismo de ação B atuam na divisão celular e na mitose, impedindo a multiplicação celular e, consequentemente, o crescimento e o desenvolvimento do fungo.

Exemplos: grupo químico dos Benzimidazóis e Tiofanatos, nos quais destacam-se os ingredientes ativos Benomyl, Carbendazim, Thiabendazole, Fuberidazole e Tiofanato metílico.

Grupo C: Respiração

Fungicidas classificados com mecanismo de ação C atuam na respiração mitocondrial, privando o organismo do principal produto deste processo, o ATP.

Exemplos: Carboxamidas e Estrobilurinas.

Grupo D: Síntese de Aminoácidos e proteínas

Fungicidas classificados com mecanismo de ação D atuam na síntese de aminoácidos, que são compostos que formam as proteínas.

Exemplos de i.a.: Cyprodinil, Kasugamycina e Streptomycina.

Grupo E: Transdução de sinais

Fungicidas classificados com mecanismo de ação E atuam na transdução de sinais, interrompendo estes processos.

Exemplos: Dicarboxamides, representados pelos ingredientes ativos iprodione e procymidone, são um exemplo de grupo químico de fungicida com mecanismo de ação E.

Grupo F: Síntese de lipídeos e integridade das membranas

Fungicidas classificados com mecanismo de ação F atuam inibindo a síntese de lipídeos e membranas, causando desorganização celular e morte do fungo. 

Exemplo de i.a.: Edifenfós

Grupo G:  Biossíntese de esteróis em membranas

Fungicidas classificados com mecanismo de ação G inibem a síntese de esteróis em membranas.

Exemplos: grupo químico dos Triazóis, Imidazóis, Piridinas, Piramidinas, Piperazinas e Morfolinas.

Grupo H: Biossíntese da parede celular

Fungicidas classificados com mecanismo de ação H inibem a síntese da parede celular. Os fungicidas deste grupo atuam, principalmente, na síntese de celulose e glucanas, componentes principais da parede dos Oomicetos, que não possuem quitina e ergosterol.

Exemplo de i.a.: dimetomorfe.

Grupo I: Síntese de melanina na parede celular

Fungicidas classificados com mecanismo de ação I inibem a síntese de melanina na parede celular, que nos fungos é sintetizada a partir de compostos fenólicos e auxilia no processo de infecção do hospedeiro, acumulando-se no apressório.

Exemplo de i.a.: tricyclazol.

Grupo P: Indutores de defesas em plantas hospedeiras

Fungicidas classificados com mecanismo de ação P não possuem efeito sobre os patógenos, mas induzem a produção de compostos de defesa. Esses fungicidas induzem a uma resposta da planta (hospedeiro) conhecida como resistência sistêmica adquirida (SAR, sigla em inglês de Systemic Acquired Resistance). Estes indutores de SAR basicamente mimetizam sinais químicos nas plantas que ativam os mecanismos de defesa, tais como, a produção da parede celular mais espessa e proteínas antifúngicas. A utilidade dos indutores de SAR, no entanto, tem sido limitada até agora, uma vez que muitos patógenos são capazes de superar tais defesas.

Exemplo de i.a.: acibenzolar-S-methyl e Probenazol.

 

Atividade Multissítios

Fungicidas classificados com mecanismo de ação Multissítios apresentam atividade em dois ou mais dos sítios apresentados anteriormente.

Exemplo de i.a.: Mancozeb, Maneb e Thiram, pertencentes ao grupo químico dos Ditiocarbamatos. As Cloronitrilas são outro grupo químico com características multissítios, que atuam sobre o Ciclo de Krebs, impedindo a produção de ATP e causando a morte do fungo. O principal representante desse grupo é o Clorotalonil, que apresenta ação protetora e de amplo espectro.

 

Referências:

Fonte: FRAC – Comitê de Ação a Resistência a Fungicidas. Disponível em: https://www.frac-br.org/. Data de acesso: 6 nov. 2020.

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Foto de Ph.D. Ricardo Balardin

Ph.D. Ricardo Balardin

"CEO do Phytus Group e CRO da DigiFarmz Smart Agriculture. Ph.D. em Crop and Soil Sciences, Plant Pathology pela Michigan State University (EUA); Doutorado em Crop and Soil Sciences, Plant Pathology. Michigan State University, MSU, Estados Unidos. (1994 - 1997); Mestrado em Fitotecnia pelas Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Brasil. (1982 - 1984); Graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Brasil. (1977 - 1982). Área de atuação: Soja, milho, proteção de plantas e controle químico das doenças, arroz, cereais de inverno e tecnologia de aplicação de fungicidas."
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