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Início / Fumagina em citros

  • Doenças
  • 17/02/2022

Fumagina em citros

Sumário

A fumagina é ocasionada pelo fungo Capnodium citri, que ataca principalmente folhas, mas pode alastrar-se por galhos e frutos. O fungo não tem a capacidade de penetrar nos tecidos, mas recobre as folhas com seus micélios de coloração preta (Figura 1).

Este recobrimento das folhas pelo fungo reduz a área fotossintética da planta, devido à baixa capacidade em absorver luz e, consequentemente, reflete em menor produção, pela baixa capacidade de produzir fotoassimilados. Além disso, reduz a respiração e a transpiração do órgão atingido.

As plantas quando severamente atacadas podem ter seu desenvolvimento comprometido (FEICHTENBERGER et al., 1997). As fumaginas podem prejudicar a qualidade dos produtos agrícolas, alterando a sua aparência, como no caso dos frutos (REZENDE et al., 2011).

Figura 1 – Fumagina em folhas de citros

Causas da Fumagina

A fumagina aparece após as plantas serem infestadas por insetos que produzem substâncias açucaradas, ricas em aminoácidos, como, por exemplo, os pulgões, cochonilhas e moscas brancas. (FEICHTENBERGER et al., 1997; REZENDE et al., 2011).

Controle de Fumagina

Em ataques severos de fumagina, tanto seu agente causal como os insetos associados devem ser controlados. A aplicação de óleo sobre a fumagina é indicada, pois contribui para a remoção dessa da planta por aflouxar as mantas fúngicas sobre os órgãos revestidos, facilitando a sua posterior remoção pelos ventos e chuva.

O óleo também apresenta boa ação sobre muitos insetos associados à fumagina (FEICHTENBERGER et al., 1997).  No entanto, não se deve usar o óleo mineral ou vegetal durante a florada ou sobre frutos pequenos, para não causar distúrbios fisiológicos, como queimadura e queda de flores. (MOREIRA; DUARTE, 1997).

Como o ataque de fumagina está ligado à presença de cochonilhas na área (BARROS et al., 2018) – sendo as mais importantes a Orthezia, a cochonilha verde e a marrom (MOREIRA; DUARTE, 1997) –, seu controle também é importante. Este pode ser realizado pela utilização de um inseticida recomendado para a praga e para a cultura da laranja, com o incremento de um óleo mineral ou vegetal para potencializar o seu efeito.

Os pulgões também são responsáveis pela excreção do “honeydew”, que auxiliam no desenvolvimento da fumagina. O controle do pulgão (Toxoptera citricida) pode ser realizado através dos inimigos naturais, por meio das joaninhas, como Hippodamia convergens (Guérin-Méneville), Cycloneda sanguinea (L.) e Eriopis connexa (Germar), entre outras espécies, que tanto na fase larval quanto na adulta, alimentam-se dos pulgões. As larvas de dípteros da família Syrphidae também são predadores importantes. Dentre os parasitoides, os himenópteros da família Aphidiidae, como Aphidius colemani (Viereck) e Lisiphlebus testaceipes (Cresson) são muito frequentes. O controle químico só deve ser realizado em casos extremos, com inseticidas registrados para a cultura em questão. (JAHNKE et al., 2018).

A mosca branca, também chamada de piolho farinhento, Aleurothrixus floccosus (Maskell), suga a seiva e excreta uma substância que auxilia na propagação da fumagina, causando também o enrolamento das folhas, podendo estes insetos serem controlados com óleo mineral. (JAHNKE et al., 2018).

As podas também podem ser utilizadas para a retirada das partes afetadas. O monitoramento do seu pomar é peça-chave para o controle da doença, pois, como observamos, várias pragas podem estar atreladas ao aparecimento da doença.

Referências

BARROS, J. S.; FEITOSA, J. O.; SANTOS, M. M.; BARROS, K. S. Levantamentos fitossanitário das principais pragas e doenças encontradas no citros do IFTO – Campus Araguatins – Tocantins. In: JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E EXTENSÃO, 9., Tocantins, 24 a 26 outubro de 2018. Anais […]: Ciência para a redução das desigualdades, Tocantins: IFTO, 2018.

FEICHTENBERGER, E.; MULLER, G. W.; GUIRADO, N. Doenças dos citros (Citrus spp.). In: KIMATI, H. et al. Manual de fitopatologia: doenças das plantas cultivadas. 3. ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 1997. p. 315-324.

JAHNKE, S. M.; REDAELLI, L. R.; SANT’ANA, J.; EFROM, C. F. S. Insetos na cultura do citros no Rio Grande do Sul. In: EFROM, C. F. S.; SOUZA, P. V. D. Citricultura do Rio Grande do Sul, indicações técnicas. 1. ed. Porto Alegre: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação, 2018, p. 147-172.

MOREIRA, M. A. B.; DUARTE, O. R. Principais cochonilhas dos citros de ocorrência em Roraima: descrição e controle. Embrapa, comunicado técnico, n. 7, nov. 1997.

REZENDE, J. A. M.; MASSOLA JR., N. S.; BEDENDO, I. P.; KRUGNER, T. L. Conceito de doença, sintomatologia e diagnose. In: AMORIM, L.; REZENDE, J. A. M.;

BERGAMIN FILHO, A. Manual de fitopatologia: princípios e conceitos; v. 1. 4. ed.  Piracicaba: Agronômica Ceres, 2011. p. 37-58.

Foto de Scheila Andrieli Silveira Bones

Scheila Andrieli Silveira Bones

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (2021). Atualmente é conteudista do Instituto Phytus. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Agronomia, atuando principalmente nos seguintes temas: agroecologia, agricultura familiar, produção de grão, sustentabilidade, riqueza e segurança alimentar.
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2 respostas

  1. Avatar Raimundo Pinheiro disse:
    07/12/2024 às 11:14

    otima explicação tecnica e biológica, parabens!

    Responder
    1. Caroline Rabuscke Caroline Rabuscke disse:
      09/12/2024 às 08:44

      Ficamos felizes que gostou, Raimundo! Não perca nossos demais conteúdos e animações!
      Um abraço!

      Responder

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