Neste material você vai conhecer um pouco mais sobre:
- Aumento do volume e no faturamento das exportações do agronegócio
- Destino das exportações do agro
- A situação atual da balança comercial brasileira
- Expectativas para 2021
O volume de exportações realizadas pelo setor agrícola cresceu 10% de 2019 para 2020. Além disso, o faturamento teve aumento de 4%, atingindo US$101 bilhões, ambos os números são recordes. As pesquisas foram realizadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, realizada com base nos dados da Secex.
O motivo disso, de acordo com pesquisadores da Cepea, é a boa oferta agrícola em 2020. O que permitiu que o setor atendesse tanto a demanda interna quanto externa por fibras, alimento e energia. Os campeões de exportação foram os do complexo de soja, açúcar, algodão, café e carnes, especialmente suína, bovina e frango, nessa ordem.
Relação China e Brasil
A China está aumentando cada vez mais a sua participação na pauta de vendas de produtos brasileiros, desde que assumiu a liderança na parceria comercial com o agronegócio brasileiro em 2013. No último ano (2020), o Brasil aumentou as exportações de carne, especialmente bovina, para o país. Já a participação da China no total de exportações agro brasileiras chegou a 33,7%.
2020 foi o ano do Agro
Vendas de produtos do agronegócio atingiram valores superiores a US$10 bilhões em 2020. O que fez com que a participação do agro nas exportações totais do país chegasse a 48%, superando os números de 2019 e compensando o déficit gerado por outros setores. Já o saldo comercial destes ficou negativo em quase US$37 bilhões em 2020. A balança comercial brasileira encerrou o ano com superávit superior a US$87 bilhões.
Expectativas para o mercado Brasileiro em 2020
Apesar de um cenário promissor em relação ao combate ao Coronavírus, existem outras questões que também preocupam o mercado brasileiro. Dentre elas, as relações políticas dos Estados Unidos com a China e a relação deles com Brasil e países europeus. As políticas comerciais devem ser guiadas por uma diplomacia mais pragmática em 2021. Além disso, a Índia está ganhando cada vez mais espaço no comércio internacional.
Com exceção da China, que deve liderar o mercado internacional de alimentos, os demais países devem focar na recuperação e controle da pandemia. No caso do Brasil, se isso acontecer, a apreciação cambial de 2020 pode “esfriar”. Entretanto, o sucesso no combate ao Covid não é o suficiente, visto que crises internas fomentam a incerteza em relação ao crescimento econômico do país. Isso também pode afastar investidores em um mercado de capitais que deve se manter com bastante liquidez.
Esse artigo foi originalmente publicado na Revista do Grupo Cultivar