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Início / Dureza da água: o que é e como pode afetar a aplicação?

  • Controle Químico, Tecnologia de Aplicação
  • 19/02/2022

Dureza da água: o que é e como pode afetar a aplicação?

Sumário

Águas utilizadas para pulverização de defensivos podem conter uma série de sais dissolvidos. O que causa a dureza da água são os cátions, principalmente cálcio (Ca2+) e magnésio (Mg2+), originados de carbonatos, bicarbonatos, cloretos e sulfatos. Esses sais podem ser oriundos de constituintes naturais das rochas e do solo ou de fertilizantes e corretivos aplicados pelo homem. Podem ainda causar dureza da água cátions de ferro, zinco, sódio e potássio.

O cálcio e o magnésio são os maiores influenciadores porque eles tendem a ser encontrados em maiores concentrações. Para a classificação da água quanto a dureza, geralmente é utilizada a equivalência em ppm de carbonato de cálcio (CaCO3). No entanto, alguns laboratórios estratificam todos os cátions presentes, o que é tarefa mais trabalhosa.

Tabela 1. Equivalência em ppm ou mg/L de CaCO3 e as faixas de classificação da dureza da água.

Efeito sobre pesticidas

As águas duras podem interferir em uma aplicação de duas maneiras, sendo a primeira através de interação direta sobre moléculas do produto ou por interação com constituintes da formulação, podendo assim reduzir a eficácia geral dos pesticidas.

Interação com os produtos

Como cargas opostas se atraem, moléculas de pesticidas carregadas negativamente podem se ligar a esses cátions da água. Assim, pode haver formação de sedimentos na calda e a molécula quimicamente alterada pode ser incapaz de se dissolver na água, reduzindo sua penetração no tecido e a quantidade que chega até o sítio alvo, e consequentemente diminuindo a eficácia do defensivo em questão.

Interação com a formulação

Algumas formulações contêm tensoativos contendo Na+ ou K+. Na presença de Ca2+ e Mg2+ poderá haver substituições nesses tensoativos. Essas substituições podem alterar a formulação, reduzir a função dos tensoativos e indiretamente reduzir a performance do defensivo. Pode ainda ocorrer a formação de precipitados ou aglomerados na solução, que inclusive podem entupir bicos.

Quais são as moléculas mais afetadas?

Todos os produtos químicos para proteção de culturas podem ser afetados pela água dura. No entanto, algumas moléculas como herbicidas com caráter de ácido fraco são mais afetadas. As cargas negativas desses herbicidas podem se ligar aos cátions da água dura, situação mais comum quando o pH da calda está mais próximo do básico (pH = 7).

Principais moléculas de herbicidas com caráter de ácido fraco.

Exemplo do glifosato

Moléculas de glifosato que se ligam a cátions presentes em águas duras podem ter sua ação reduzida. Glifosato e cátions podem formar fortes complexos os quais não são facilmente absorvidos pelo alvo. Ao reduzir a taxa de absorção do herbicida nos tecidos a sua ação pode ficar comprometida.

Figura 1. Atividade de glifosato sem cálcio e com cálcio sobre Setaria faberi, uma planta quarentenária no Brasil. Foto: Dupont
Figura 1. Atividade de glifosato sem cálcio e com cálcio sobre Setaria faberi, uma planta quarentenária no Brasil. Foto: Dupont

Como corrigir a água dura?

A correção de água dura poderá ser realizada utilizando condicionadores de calda apropriados para essa finalidade. Os condicionadores terão a função de neutralizar esses cátions livres na água de forma a prevenir a interação com os defensivos, e devem sempre ser adicionados à calda de pulverização antes da adição dos herbicidas, para que haja tempo suficiente para correção da dureza da água.

Foto de Dr. Leandro Marques

Dr. Leandro Marques

Graduado em Agronomia (2011) pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Possui mestrado e doutorado pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia pela mesma Universidade. Atuou na pesquisa a campo como pesquisador no Instituto Phytus na área de fitopatologia. Na área de ensino atuou como coordenador de conteúdo e treinamentos da plataforma Elevagro, sendo autor e tutor de diversos cursos online e presenciais. Possui experiência em fitopatologia, com ênfase em: controle químico de doenças em plantas, quantificação de doenças, ferrugem da soja, absorção e dinâmica de fungicidas, respostas fisiológicas de plantas a estresses abióticos e fitotoxidade de agrotóxicos. Atualmente é professor de Fitopatologia no curso de Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI).
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Dr. Marlon Tagliapietra

Dr. Marlon Tagliapietra

Já atuou como colaborador de pesquisa e ensino do Instituto Phytus. Possui experiência na área de Fitopatologia, atuando principalmente nos temas de proteção de plantas e controle químico de doenças em soja, milho, arroz e cereais de inverno e tecnologia de aplicação de fungicidas. Formação: Doutorado em Programa de Pós-Graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Brasil; (2014 - 2017) Mestrado em Programa de Pós-Graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Brasil; (2012 - 2014) Especialização em Programa Especial de Graduação de Formação de Professores para a Educação P. pela Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Brasil; (2014 - 2015) Graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Brasil; (2006 - 2011)
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