O material traz a diferença entre o modo de ação de fungicidas sítio-específico e multissítio.
Fungicidas sítio-específico
Os fungicidas sítio-específicos, bem como diz o nome, possuem apenas um local de ação no fungo. Esses locais podem ser a síntese de membrana, ou respiração complexo II, ou respiração complexo III, ou síntese de tubulina do fungo. Ex: Triazóis, estrobilurinas, carboxamidas e benzimidazois.
- O modo de ação do grupo químico dos triazóis que age para matar o fungo é a inibição da biossíntese de esteróis em membranas.
- O modo de ação do grupo químico das estrobilurinas que age para matar o fungo é na respiração celular inibindo o transporte de elétrons na mitocôndria.
Nos fungicidas sítio-específicos, o fungo pode sofrer mutação no sítio bioquímico (o sítio-alvo do fungicida), podendo resultar em uma linhagem resistente. Se tal linhagem resistente ocorrer, a aplicação repetida desses fungicidas pode levar ao aumento de uma subpopulação do patógeno resistente.
Fungicidas multissítios
Esses fungicidas interferem com muitos processos metabólicos de um fungo e são normalmente fungicidas protetores. Uma vez absorvido pela célula do fungo esses fungicidas agem sobre processos como a atividade enzimática que desorganiza numerosas funções celulares. Ex: Mancozebe, Manebe, Tiram, Metiram, Propinebe, Zinebe, Ziram, Clorotalonil, compostos estanhados, sulfúricos, cúpricos, entre outros.
Esses fungicidas geralmente inibem a germinação de esporos e devem ser aplicados antes que a infecção ocorra. Os multissítios formam uma espécie de barreira química entre a planta e o esporo. Nos fungicidas multissítios, o fungo teria que sofrer numerosas mutações afetando muitos sítios para que a resistência se desenvolva.