Confira a seguir como está o andamento do mercado e as expectativas dos pesquisadores do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) para estas commodities agrícolas:
Algodão
As cotações do algodão em pluma vem sofrendo sucessivas quedas em setembro/2022, estando atualmente no mesmo valor que se encontrava na metade do mês de agosto do mesmo ano. De acordo com o CEPEA, a liquidez observada é fraca, uma vez que os negócios seguem somente para atender a demandas instantâneas.
No total parcial de setembro, tem-se uma redução de 6,3% do indicador CEPEA/ESALQ, que fechou em R$ R$ 6,2853/lp em13/09.
Trigo
Para o cereal, as negociações desta safra ainda seguem lentamente, mas já apresentam um aumento gradual conforme algumas lavouras vão sendo colhidas e, o trigo, é disponibilizado no spot nacional.
A expectativa por uma safra recorde que, segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), pode chegar a 9,36 milhões de toneladas colhidas. Este é um resultado 22% maior que na safra passada e que mantém os preços para o trigo em redução.
O aumento da produção é um reflexo esperado pelo aumento na área cultivada com o cereal, que cresceu 10,6%, superando 3 milhões de hectares. A produtividade esperada também é maior para a safra 2022/23, beirando os 3,01 toneladas por hectare.
Soja
Reduções no preço da soja foram registrados tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Essa redução se apoia no aumento do interesse vendedor na Argentina, pela menor demanda externa e pela iminência da colheita da safra 2022/23 nos Estados Unidos. Previsões climáticas indicando chuvas para as principais regiões produtoras de soja para os últimos 15 dias de setembro, trazem um ar de otimismo, reduzindo os valores futuros.
Em território nacional, o encerramento do período de vazio sanitário em alguns estados e, a proximidade deste fim em outros, [confira aqui as datas de vazio sanitário na íntegra] dá o start para o início da nova safra de soja.
Milho
Os preços do milho sofreram uma redução na última semana, uma vez que compradores brasileiros voltaram a apresentar dificuldades na negociação, como já haviam relatado em meados de agosto.
Para os pesquisadores do CEPEA, esses demandantes estão atentos ao começo da colheita da safra americana de milho, à expectativa de uma safra cheia no Brasil e, às últimas reduções de preço que o cereal sofreu nos portos nacionais. Ainda segundo os pesquisadores, os vendedores, mesmo não tendo a necessidade de “fazer caixa”, estão se mostrando flexíveis em função dos altos estoques desta temporada.
Fonte: Cepea – Diária de Mercado. Disponível em <https://www.cepea.esalq.usp.br/br/categoria/diarias-de-mercado.aspx>. Acesso em 14 set. 2022.