Neste material você vai saber mais sobre:
- Sintomas da doença
- Etiologia do patógeno
- Formas de controle
O crestamento bacteriano comum é uma doença causada pela bactéria Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli (Sinônimos: Xanthomonas phaseoli e Xanthomonas campestris pv. phaseoli) e ocorre principalmente em regiões brasileiras de clima quente e úmido, destacando-se como um problema nas lavouras de feijão do Sul, Sudeste e Centro-Oeste (safras das águas) do Brasil.
Sintomas
Os sintomas típicos da bacteriose ocorrem em toda parte aérea do feijoeiro (Figura 1). São observadas manchas encharcadas nas folhas que aumentam de tamanho e se tornam necróticas (Figura 2), podendo apresentar um halo tênue ao seu redor (Figura 3). No caule, primeiramente as lesões são alongadas e encharcadas. Conforme a doença evolui, elas se tornam avermelhadas.
Quando a infecção ocorre na região do nó das folhas primárias, a planta pode quebrar nesse local. Este sintoma é chamado de podridão nodal ou, mais informalmente, pescoço quebrado.
Nas vagens a doença mostra-se por meio de lesões encharcadas e circulares que evoluem para necróticas e avermelhadas. Quando as lesões se encontram na sutura da vagem, estas são alongadas.
Os sintomas podem ser visualizados em sementes, as quais podem apresentar a descoloração do hilo, manchas amareladas no tegumento, enrugamento e malformação. Porém, também há casos em que a semente se mostra assintomática.
Etiologia
A X. axonopodis pv. phaseoli sobrevive de diferentes formas:
- Sementes: de 2 a 5 anos, interna ou externamente sem perder sua patogenicidade;
- Restos culturais infectados: o período de sobrevivência depende das condições ambientais, sendo favorecida quando estes restos estão em superfície;
- Plantas daninhas como a guanxuma, tiririca, caruru, ervilhaca, além de outras fabáceas.
Este patógeno se dissemina a longas distâncias por meio de sementes infectadas, que são a fonte primária de inóculo. A água da chuva e de irrigação também são meios eficientes de disseminação secundária da bactéria. Temperatura e umidade elevadas favorecem a ocorrência da doença.
Controle
Para realizar o controle eficiente do crestamento bacteriano comum, é importante utilizar várias medidas simultaneamente. A adoção de sementes de qualidade sanitária é vital, portanto, utilizar sementes certificadas oriundas de campos idôneos é o primeiro passo.
Realizar rotação de culturas com espécies não hospedeiras por um ano, incorporar restos culturais, eliminar plantas hospedeiras alternativas e controlar insetos que podem disseminar as bactérias são medidas de controle que também devem ser adotadas.
Referências:
BIANCHINI, A.; MARINGONI, A. C.; CARNEIRO, S. M. T. P. G. Doenças do feijoeiro. In: KIMATI, H. et al. Manual de Fitopatologia. 4 ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 2005. (volume 2).