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Início / Como se desenvolve a mancha-em-rede, uma das principais preocupações na cevada

  • Materiais Técnicos
  • 19/02/2022

Como se desenvolve a mancha-em-rede, uma das principais preocupações na cevada

Sumário

A mancha-em-rede ou também chamada mancha reticular é causada pelo fungo Drechslera teres (Teleomorfo: Pyrenophora teres). É uma doença comum em campos de cevada no Brasil, que pode ser responsável por perdas superiores a 15% em casos de elevada severidade.  

Estamos recebendo diversos relatos da ocorrência de forte pressão em lavouras do Paraná, principalmente na região sudoeste, em função das condições ambientais terem favorecido. 

 

Desenvolvimento da doença


É uma doença que pode iniciar logo cedo na cevada, ainda durante o perfilhamento, sob condições de clima favorável e áreas com cultivo de gramíneas no inverno anterior. 

Se trata de um fungo necrotrófico, capaz de sobreviver na área de um ano para o outro em restos culturais. Durante a safra de cevada, estruturas reprodutivas do fungo, chamadas pseudotécios, se desenvolvem nos restos culturais e liberam esporos, que são o inóculo inicial responsável pelo início da doença no campo. 

Os esporos são disseminados à curtas distâncias, através de respingos de chuva e vento, sendo depositados nas folhas da cevada, onde iniciarão o processo de infecção. 

O fungo também pode ser transmitido através de sementes contaminadas. A transmissão via semente, sob condições favoráveis, pode também ser suficiente para causar ataques severos.

As lesões já formadas nas folhas produzem novos esporos, chamados de inóculo secundário. A disseminação desses desencadeia os ciclos secundários da doença, os quais são responsáveis por uma rápida evolução da doença sob condições favoráveis. 

 

Condições favoráveis

A produção de esporos iniciais, a partir dos pseudotécios nos restos culturais, é favorecida por períodos com temperatura na faixa de 10-15 °C. A infecção dos esporos nas folhas é favorecida por temperaturas ao redor de 15 °C e elevada umidade. 

No entanto, a doença pode se desenvolver em uma ampla faixa de temperatura, que varia de 10 a 25 °C. 

A germinação de esporos é favorecida por água livre nas folhas, sendo que longos períodos de molhamento, superiores a 10 horas, são favoráveis para alta taxa de infecção. Nesse caso, períodos chuvosos e muitos dias nublados, são favoráveis para evolução da doença.

 

Sintomas

Os sintomas mais comuns são lesões escuras longitudinais e transversais, que formam um aspecto de rede. 

Na medida que as lesões crescem, ocorre a formação de halos amarelados ao redor das manchas. Isso acontece porque o fungo secreta toxinas. 

Com o aumento da severidade, toda a folha atacada pode amarelecer e posteriormente secar. Podem ocorrer também pequenos sintomas na forma de manchas marrons nas espigas.

Confira abaixo algumas fotos!

 

Medidas de controle

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  • Rotação de culturas: se trata de um fungo bastante específico da cevada, com baixa capacidade de sobrevivência em restos culturais não superior a 1,5 ano, não possui estruturas de resistência no solo, o que torna a rotação de culturas altamente eficiente. 
  • Cultivares: selecionar cultivares menos suscetíveis.
  • Sementes de qualidade e tratamento de semente: por ser um patógeno transmitido também por sementes, usar sementes de procedência e de boa qualidade é fundamental. O tratamento de sementes pode reduzir a transmissividade para a parte aérea.
  • Aplicação de fungicidas: atentar ao nível de risco de ocorrência da doença, associando a condições de clima, histórico da doença na área e cultivo do inverno anterior. Quando elevado, considerar aplicações preventivas. Existem muitas opções de fungicidas eficientes. Um destaque é dado para as misturas de triazois + estrobilurinas. Existem também produtos mais recentes contendo carboxamidas, que também apresentam elevado controle.  
  • Controle na adubação nitrogenada: excesso de N pode favorecer a doença.

Foto de Dr. Leandro Marques

Dr. Leandro Marques

Graduado em Agronomia (2011) pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Possui mestrado e doutorado pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia pela mesma Universidade. Atuou na pesquisa a campo como pesquisador no Instituto Phytus na área de fitopatologia. Na área de ensino atuou como coordenador de conteúdo e treinamentos da plataforma Elevagro, sendo autor e tutor de diversos cursos online e presenciais. Possui experiência em fitopatologia, com ênfase em: controle químico de doenças em plantas, quantificação de doenças, ferrugem da soja, absorção e dinâmica de fungicidas, respostas fisiológicas de plantas a estresses abióticos e fitotoxidade de agrotóxicos. Atualmente é professor de Fitopatologia no curso de Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI).
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