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Início / Cercosporiose no milho: como evolui e dicas para controle

  • Materiais Técnicos
  • 22/02/2022

Cercosporiose no milho: como evolui e dicas para controle

Sumário

Agente causal e ciclo da doença

O agente causal da cercosporiose é o fungo Cercospora zeae-maydis. Se trata de um fungo necrotrófico que pode sobreviver na entressafra sob restos culturais de plantas de milho.

Assim, a principal origem dos esporos do fungo que dão início a doença no campo é dos restos culturais. Semeaduras de milho sobre


restos culturais de milho podem, dessa forma induzir uma maior severidade da doença. A principal forma de disseminação dos esporos dos restos culturais até as folhas inferiores do milho se dá pelo vento e também por respingos de chuva. Após início das lesões nas folhas, mais esporos são produzidos e podem ser transportados pelo vento para folhas sadias, desencadeando o que chamamos de ciclos secundários da doença. É devido esse aumento do número de lesões e produção de esporos que a doença evolui das folhas inferiores para as superiores, podendo atingir a planta inteira em situações de ausência de controle.

Figura 1. Ciclo da doença causada pelo fungo Cercospora zeae-maydis em milho.

 

Danos e condições favoráveis

Os ataques mais severos têm ocorrido na região central do Brasil. Em ataques severos o crescimento e coalescência das lesões podem induzir o secamento generalizado das folhas refletindo na perda de uma grande área foliar. Isso compromete significativamente o processo de enchimento de grãos por paralisar o processo de fotossíntese nessas folhas. Perdas médias que variam de 10% a 20% tem sido relatada em híbridos suscetíveis em áreas de ataques expressivos. O fungo é favorecido por períodos quentes e úmidos de intenso molhamento foliar (Figura 2). O arranjo de plantas na área pode afetar nas condições de microclima nas folhas inferiores de tal modo a favorecer ou desfavorecer a evolução dessa doença.

 

Figura 2. Condições de temperatura e umidade relativa do ar (%) e o desenvolvimento de cercosporiose no milho.

 

Identificação dos sintomas

Veja abaixo um trecho do vídeo do Dr. Nedio Tormen:

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    Clique aqui para ver o vídeo completo do Dr. Nédio Tormen    

 

Principais estratégias de controle

1 – O fungo C. zeae-maydis tem o milho como hospedeiro único e é considerado um fraco competidor no solo, ou seja, a rotação de culturas se torna uma das principais estratégias de controle dessa doença. Rotação com soja, algodão, girassol, feijão são algumas opções.

2 – Existe uma ampla variação de reação de suscetibilidade entre os híbridos (Figura 3). Por isso a escolha do híbrido pode contribuir substancialmente para reduzir os riscos em áreas com alta pressão dessa doença.

Figura 3. AACPD de Cercosporiose em diferentes híbridos de milho. *Quanto maior a AACPD mais suscetível o híbrido. Adaptado de Uebel (2014).

3 – Controle químico com fungicidas em parte aérea é altamente recomendado em híbridos mais suscetíveis refletindo em ganhos produtivos. Dentre os fungicidas mais atuais, destacam-se no controle dessa doença algumas misturas duplas de carboxamida + estrobilurina, estrobilurina + triazol e misturas triplas de carboxamida + estrobilurina + triazol (Figura 4). Para os produtos envolvendo carboxamida recebem destaque no controle de cercosporiose os que contêm fluxapiroxade ou bixafen. Além desses fungicidas, outras misturas de triazol + estrobilurina são bastante eficientes no controle de cercosporiose como por exemplo piraclostrobina + epoxiconazol, azoxistrobina + ciproconazol e azoxistrobina + difenoconazol. Dentre os fungicidas multissítios o mancozebe tem sido utilizado e apresenta satisfatória eficácia sobre cercosporiose.

Figura 4. Eficiência de fungicidas no controle de cercosporiose do milho. *Resultado de três aplicações (V8 << VT << 18 DAA2). Adaptado de Uebel (2014).

 

Material consultado

Uebel JD. Avaliação de fungicidas no controle de doenças foliares, grãos ardidos e efeito no NDVI em híbridos de milho. Brasília: Faculdade de Agronomia, Universidade de Brasília, 2015. 119 p. (Dissertação de Mestrado)

 

Casela CR; Ferreira AS. A Cercosporiose na Cultura do Milho. Embrapa Milho e Sorgo: Sete Lagoas, MG. 2003. 5p. (Circular Técnica 24).

 

Foto de Dr. Leandro Marques

Dr. Leandro Marques

Graduado em Agronomia (2011) pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Possui mestrado e doutorado pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia pela mesma Universidade. Atuou na pesquisa a campo como pesquisador no Instituto Phytus na área de fitopatologia. Na área de ensino atuou como coordenador de conteúdo e treinamentos da plataforma Elevagro, sendo autor e tutor de diversos cursos online e presenciais. Possui experiência em fitopatologia, com ênfase em: controle químico de doenças em plantas, quantificação de doenças, ferrugem da soja, absorção e dinâmica de fungicidas, respostas fisiológicas de plantas a estresses abióticos e fitotoxidade de agrotóxicos. Atualmente é professor de Fitopatologia no curso de Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI).
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Dr. Nedio Tormen

Dr. Nedio Tormen

Técnico Agrícola (2005) pelo CEDUP Água Doce (SC), Engenheiro Agrônomo (2011) pela Universidade Federal de Santa Maria (RS), Mestre em Fitopatologia pela Universidade de Brasília (2014) e Doutor em Fitopatologia pela Universidade de Brasília (2018) . Possui pesquisas concentradas em fitopatologia nas culturas da soja, algodão, milho e feijão. Atualmente é Diretor Técnico Cerrado no Instituto Phytus e pesquisador na área de fitopatologia.
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