Anthonomus grandis, o bicudo-do-algodoeiro está entre as principais pragas da cultura do algodão. Seu dano se dá pelo ataque dos adultos aos botões florais da cultura, Após o dano, os botões ficam com as brácteas abertas que depois acabam caindo. As flores atacadas pelo bicudo apresentam o aspecto de balão, pela abertura anormal das pétalas.
Tanto a alimentação como as oviposições do A. grandis geram perfurações nas maçãs do algodão, o que danifica as fibras e sementes da maçã, impedindo sua abertura normal, deixando-a com aspecto escuro (carimã). Assim, a praga tem um alto potencial danoso sobre a cultura e de reduzir a produtividade.
Outro ponto importante é que nas fases de ovo, larva e pupa ocorrem no interior das estruturas reprodutivas do algodão, o que, aliado ao comportamento dos adultos que se alojam entre as brácteas, dificulta o controle deste inseto, já que os mesmos ficam mais protegidos das aplicações.
Referências:
BUSOLI, A. C.; SOARES, J. J.; LARA, F. M. O bicudo do algodoeiro e seu manejo. Jaboticabal: FUNEP, 1994. (FUNEP; Boletim, 5).
GALLO, D.; NAKANO, O.; SILVEIRA NETO, S.; CARVALHO, R. P. L.; APTISTA, G. C.; BERTIFILHO, E.; PARRA, J. R. P.; ZUCCHI, R. A.; ALVES, S. B.; VENDRAMIN, J. D.; MARCHINI, L. C.; LOPES, J. R. S.; OMOTO, C. Entomologia agrícola. Piracicaba: FEALQ, 2002.