A fitossanidade pode ser definida como o conjunto de ciências que estão relacionadas à sanidade vegetal. Engloba o conhecimento e as técnicas das áreas de fitopatologia, entomologia agrícola e plantas daninhas.
A utilização de produtos fitossanitários para a prevenção e o controle de pragas, doenças e plantas daninhas, e o surgimento de novas ferramentas como as plantas geneticamente modificadas têm contribuído para a melhoria da sanidade das culturas, trazendo benefícios como o aumento da produtividade.
Fitopatologia
É a ciência que estuda as doenças das plantas, abrangendo todos os seus aspectos, desde a diagnose, a sintomatologia, a etiologia e a epidemiologia até o seu controle.
A fitopatologia desenvolveu-se ao longo dos anos, passando por cinco períodos chamados místico, predisposição, etiológico, ecológico e, atualmente, denominado de período fisiológico, no qual as doenças de plantas passaram a ser encaradas com base nas relações fisiológicas entre hospedeiro e patógeno, como um processo dinâmico no qual ambos se influenciam mutuamente.
As doenças de plantas são o resultado da interação entre o hospedeiro (planta), o agente causal e o ambiente, e são classificadas tomando por base a natureza dos patógenos, definindo grupos de doenças causadas por fungos, vírus e bactérias.
Os conhecimentos gerados nas diferentes linhas de pesquisa dentro da fitopatologia poderão ser utilizados em programas de melhoramento genético, visando ao desenvolvimento de cultivares resistentes/tolerantes a doenças, garantindo incremento na produtividade das culturas.
Entomologia agrícola
É a ciência que estuda as pragas das plantas cultivadas visando à identificação, ao manejo e ao controle.
Os danos causados pelos insetos às plantas são variáveis, podendo ser observados em todos os órgãos vegetais. Dependem da espécie e do nível populacional da praga, do estágio de desenvolvimento, da estrutura vegetal atacada e da duração do ataque, acarretando maior ou menor prejuízo às culturas.
A identificação correta das espécies de insetos-praga é de fundamental importância para determinar as estratégias de controle mais adequadas.
Plantas daninhas
São plantas que crescem espontaneamente em áreas de atividades humanas e que causam prejuízos a essas atividades.
Constituem-se em um problema sério para a agricultura, pois se desenvolvem em condições semelhantes às das plantas cultivadas. Apresentam crescimento rápido, facilidade de disseminação, produzem grande número de sementes e crescem em condições adversas. Elas também podem afetar as culturas, sendo hospedeiras de pragas e doenças.
A presença de plantas daninhas em áreas cultivadas resulta em redução da produtividade, devido à sua interferência, e aumenta os custos de produção. As perdas variam conforme a espécie e podem, inclusive, inviabilizar a colheita.
A fitossanidade na defesa da agricultura
Os conhecimentos adquiridos até o momento nas áreas de fitopatologia, entomologia, plantas daninhas e os avanços tecnológicos existentes para a proteção de plantas têm sido muito importantes para o desenvolvimento pleno das culturas e, consequentemente, para o aumento da produtividade.
Alguns dos avanços tecnológicos embarcados nos produtos agrícolas são a biotecnologia molecular, o sequenciamento de genes, as modernas tecnologias, como a utilização de Bt, raças diferentes da mesma espécie/gênero e novas moléculas de produtos químicos.
O equilíbrio e a eficiência dessas tecnologias podem ser prejudicados se os cuidados necessários para a sua utilização não forem levados em consideração. Podemos citar, como exemplo, a utilização das áreas de refúgio em lavouras com a tecnologia Bt, que é uma técnica de manejo para a preservação dessa tecnologia.
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