A septoriose, ou mancha parda, causada pelo fungo Septoria glycines, representa uma das primeiras doenças foliares que ocorrem na cultura da soja. A doença pode ser observada na forma de pontuações ou manchas marrom escuras de contornos angulares nas folhas unifolioladas.
As lesões podem apresentar pronunciado halo amarelado e a doença pode progredir para as folhas trifolioladas, causando desfolha prematura. A infecção por S. glycines requer molhamento foliar de 6h. A mancha é favorecida por temperaturas entre 15ºC e 30ºC (ótimo de 25ºC) e alta umidade. A disseminação do fungo ocorre principalmente por respingos de chuva associado a vento.
Em virtude de o patógeno sobreviver em restos culturais de soja, o cultivo contínuo de soja em sistema de plantio direto pode aumentar a intensidade da doença. As medidas de controle incluem a rotação de culturas e a aplicação de fungicidas dos grupos químicos dos triazois/triazolintiona, estrobilurinas, carboxamidas, benzimidazois e multissítios (clorotalonil, mancozebe e cúpricos). Produtos biológicos, contendo determinadas cepas de Bacillus pumilus, B. subtilis e B. velezensis também foram registrados recentemente para o controle da mancha parda.