A alface (Lactuca sativa L.) é originária de clima temperado (região do Mediterrâneo), e seu ciclo de vida é dividido em vegetativo e reprodutivo, marcado pela emissão do pendão, encerrando com a produção de sementes.
Entretanto, no Brasil, até a década de 40, só era possível produzir alface em épocas e regiões com temperaturas amenas e fotoperíodos menores. Do contrário, pode ocorrer o chamado “pendoamento” (ou bolting), que seria o surgimento da fase reprodutiva precocemente, resultando em menor qualidade da alface, pois deixa as folhas amargas e alonga o caule (formando um pinheirinho, principalmente nas alfaces de folhas soltas, como a lisa, mimosa e crespa).
Toda planta, em situação de estresse, quando já estabelecida no campo, irá reagir de forma a emitir flores, frutos e sementes, como instinto de sobrevivência, para a preservação da espécie.
Logo, a combinação genótipo e ambiente é o que garante o propósito final do produtor, sendo possível a produção de diferentes tipos de alface em todo território e com temperaturas maiores, devido ao melhoramento genético.