Mancha-de-dendrophoma em morangueiro
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Neste material você vai entender um pouco mais sobre:
- Os prejuízos causados pela Mancha-de-dendrophoma;
- Sintomas;
- As condições que favorecem a propagação da doença;
- Os principais métodos de controle.
Prejuízos causados pela Mancha-de-dendrophoma
A mancha-de-dendrophoma é causada pelo agente Dendrophoma obscurans, que ataca as folhas mais velhas do morangueiro, quanto maior sua severidade maior são os danos causados às plantas. A doença provoca infecção latente, que ocasiona perda das folhas, redução de produtividade devido à redução da sua capacidade fotossintética, o que leva ao enfraquecimento da planta.
Sintomas
Os sintomas da doença começam com pintas circulares, de cor vermelho-púrpura, nos folíolos. Depois, as manchas aumentam de tamanho e ficam com a coloração cinza no centro e com a borda arroxeada. Manchas próximas das nervuras são mais elípticas (UENO & COSTA, 2016).
Com o crescimento das manchas entre as nervuras principais, formam-se manchas grandes em forma de V (Figura 1). As manchas maiores apresentam três zonas bem distinta: o centro, com coloração marrom-escura; a região intermediária, de cor marrom clara; e a borda, púrpura ou arroxeada (UENO & COSTA, 2016).

A) Sintomas na parte adaxial da folha. B) Sintomas na parte abaxial da folha.
Condições que favorecem o desenvolvimento da doença
Ainda há pouca informação sobre o ciclo de vida do patógeno. No entanto Heshenaur & Milholland (1989) quando inoculou o fungo em laboratório, detectou que a temperatura ideal de crescimento micelial e alongamento do tubo germinativo são de 26 a 32°C, e à temperatura ideal para o desenvolvimento da doença é de 30 °C, em relação à umidade pelo menos 72 horas de umidade das folhas após a inoculação da doença já é suficiente para o êxito do patógeno.

Em condições de alta umidade, pode ocorrer a formação de picnídios escuros na face inferior da lesão, onde ocorre a esporulação do fungo.Esses esporos podem ficar alojados nos restos das plantas na entressafra. Dessa forma, é interessante que seja realizado a limpeza dos restos culturais da área, assim como retirar as folhas infectadas evitando maiores infestações.
Altas umidades e o excesso de adubação nitrogenada favorecem o desenvolvimento da doença (COSTA et al. 2011). A irrigação, o vento e a chuva servem como agentes dispersores dos esporos do fungo, assim é importante manter um cuidado redobrado quando a irrigação é realizada.
Principais métodos de controle
- A aquisição de mudas sadias e cultivares resistentes;
- Rotação de culturas (2 anos);
- Dar preferência a irrigação por gotejamento;
- Aplicar de fungicidas;
- Retirada de folhas infectadas da área de cultivo
Referências Bibliográficas
COSTA, H; VENTURA, JA; LOPES, UP. 2011. Manejo integrado de doenças do morangueiro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 51. Horticultura Brasileira 29. Viçosa: ABH.S5856-5877
UENO, B.; COSTA, H. Doenças causadas por fungos e bactérias. In: ANTUNES, L. E. C.; REISSER JUNIOR, C.; SCHWENGBER, J. E. (Org.) Cultivo do morangueiro. Brasília, DF: Embrapa, 2016. p. 413- 480.
ESHENAUR BC; MILHOLLAND RD. Factors influencing the growth of Phomopsis obscurans and disease development of strawberry leaf and runner tissue. Plant Dis 73:814–819, (1989).
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